Caravana do Ministério da Saúde para controle das arboviroses chegou
ao Acre nesta quarta-feira (15). A equipe técnica do Centro de Operações de
Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses tem
como objetivo apoiar a gestão local nas ações de controle dessas doenças. Em 8
de janeiro, o estado decretou emergência em saúde pública.
Ativado pela Ministra da Saúde
Nísia Trindade, o COE coordena as ações de resposta às
emergências em saúde pública. Isso inclui mobilização de recursos e articulação
da informação entre as três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
A estratégia é uma
forma de antecipação ao período sazonal da doença. Auxilia na ampliação do
monitoramento das arboviroses e orienta a execução de ações voltadas à
vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de
vetores.
Em campo, a equipe
técnica se reúne com gestores de saúde dos municípios de Cruzeiro do Sul,
Tarauacá, Feijó, da capital Rio Branco e representantes da Secretaria Estadual
de Saúde do Acre (Sesacre).
O uso de tecnologias de controle do vetor tem sido uma das principais
apostas da pasta, sendo uma das novidades dentro do Plano de Ação para Redução da
Dengue e de outras Arboviroses, com foco no período sazonal
2024/2025.
Entre as ações, destacam-se:
·
Expansão do
método Wolbachia, de três
para 40 cidades
·
Implantação de
insetos estéreis em aldeias indígenas
·
Borrifação
residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação de pessoas,
como creches, escolas e asilos
·
Estações
disseminadoras de larvicidas, com previsão de implantação de 150 mil unidades
na primeira fase do projeto
·
Uso de Bacillus
Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitorar e controlar a disseminação do
mosquito
·
No Distrito
Federal, estão sendo instaladas cerca de 3 mil Estações Disseminadoras de
Larvicidas (EDLs) na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras
áreas periféricas do país.
Outra resposta do Brasil para o controle das arboviroses é o lançamento
do Plano de Contingência Nacional
para Dengue, Chikungunya e Zika. A finalidade é garantir preparação
adequada para conter o avanço da doença. O novo plano revisa e amplia a versão
anterior, publicada em 2022, e busca reforçar as estratégias de prevenção,
preparação e resposta às epidemias de arboviroses.
Cenário epidemiológico
Entre
as semanas epidemiológicas 49 de 2024 e 01 de 2025, são estimados 810 casos de
dengue no estado, segundo dados do Infodengue.
Em 2024, o Brasil
registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo o
painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde. Até a
última quarta-feira, 8 de janeiro, foram notificados 10,1 mil casos prováveis e
10 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos, 50% estão
concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a região Sudeste
responde por 61,8% das ocorrências.
Gabriel
Bandeira
Ministério da Saúde